terça-feira, maio 12, 2009

Crise II

E se não me sentasse eu aqui a escrever, para uma total ausência de leitores. Não vi eu o telejornal do almoço, ou sequer saí á rua, não me sentei eu numa esplanada a ouvir ideias ou entrei num transporte publico onde gentes vão atafulhadas. Não acordasse eu de manhã já a cheirar a tarde e ligasse o computador, não tivesse eu lido blogs ou sequer os conhecido. Não tivesse eu aqui. Não tinha eu começado a escrever tal estupidez.

Estou farto da crise,
Das noticias e do jornal,
Da dicotomia entre o bem e o mal,
Estou farto do sistema,
Da política e dos políticos,
Do dinheiro como actor principal,
Dos feudos e dos partidos.

Estou farto da solidariedade,
Do altruísmo,
Do heroísmo,
Da crueldade e maldade.

Estou farto dos homens.
Das mulheres.
Dos seus filhos e filhas.
Estou farto do Homem
E até dos macacos.

Estou farto dos judeus,
Dos cristãos,
Dos muçulmanos, dos ateus,
Dos hereges e pagãos.

Estou farto dos euros, libras e dólares,
Das fronteiras e dos países,
Dos oceanos, dos raios solares,
Das fases lunares.

Farto do mundo,
Farto de estar farto,
Aborrecido de facto,
Aborrecido do humano fardo
De ser ter estúpido,
Continuar estúpido,
E estúpido ficar.

Farto de estar espantado,
E emocionado.

Farto da minha visão,
De saber ler e
Escrever,
E de não ter solução.
Ou de simplesmente não haver,
Ou pior, de eu não A conhecer.
Talvez não esteja farto de escrever...

Pronto pode ser que amanhã me lembre de algo melhor. Um brinde á estupidez Humana s.f.f.

segunda-feira, maio 11, 2009

Crise

Andamos nós em tempos de crise. Vai-se andando é resposta comum do tuga comum á vulgar pergunta como estás? se for jovem irá responder tasse bem mas já se teve melhor... A crise é resposta global, difarçada ou não, para qualquer problema e até mesmo soluções, ficticias ou não. Ah e tal não escrevo no blog porque é da crise, o meu espirito deve ter previsto a crise á mais tempo do que ela foi anunciada.
A crise é tema de anedota, matéria de discução, noticia no jornal, tema de crónica, mote de temas artisticos, se não tivesse o sol um nome atribuido, chamar-lhe crise seria conveniente já que é o motor do mundo. Depois dizem que em Portugal não se anda mais á frente do que o restante mundo ocidental, há quanto tempo ouvimos nós falar da crise? Já é palavra tão nossa como o fado e a saudade... Os EUA tossem, a UE apanha uma pneumonia e Portugal fica na mesma, tosse crónica, sem cura. A palavra já é tão usada que aposto que o comum tuga dirá que são exageros, que cá anda tudo na mesma, que sempre foi assim desde que se lembra...Uma chatisse mas sempre se apertou os bolsos por terras lusas, e quando não se apertavam, bom o melhor é aproveitar-se enquanto se pode e viver bem até á próxima crise. Piquenos mas felizes.
Que crise? A de valores?! Ou a económica?! Politica?! Ou em qualquer outra area que possa ter crise?! A minha crise!? A tua!? Ah é nossa! Aquela coisa do mundo global ocidental, grande chatisse...
Serão estes os tempos de ruptura?! Parecidos a tantos outros que tivemos ao longo da história, primavera de ideias, em que florescem grandes soluções para pequenos problemas, e pequenas soluções para grandes problemas, é que por enquanto só vemos gente, muito intelegente, a enumerar os problemas, com soluções do século passado, que aliás não resultaram, pois se isso tivesse acontecido viveriamos agora uma época de ouro (que tinha sucedido á ultima crise). Quem me dera eu ter a solução, mas começo a achar que o homem é naturalmente estupido, para além de muitos outros defeitos pelos quais somos conhecidos, nós até aprendemos com os erros, o beneficio pessoal vem sempre primeiro, logo as soluções não são a pensar em problemas mas sim em quem benefecia delas, que nunca é a generalidade do grupo.
A esperaça de caminhar para a perfeição é uma fé em nós proprios, não é um erro, é instinto, mas a realidade é que continuamos a resolver os problemas da mesma maneira de sempre, á porrada, seja ela real ou virtual, fisica ou emocional, e continuamos com a mesma ideia desde dos tempos pré-históricos, que somos superiores, abençoados por Deuses ou a Natureza (conforme as crenças), e tantas vezes nos esquecemos que somos, antes de racionais, animais, cujo o objectivo, quando esprememos tudo, é o sucesso individual, ou do pequeno nucleo ao qual pretencemos que ainda assim iremos sempre querer superar.
O nosso desejo de sucesso é causa da evolução técnica a que hoje chegámos, mas emocionalmente, evoluimos alguma coisa?
Hoje chamamos-lhe crise global, já lhe chamos guerra mundial, fome pestes e guerra, maus tempos agriculas, mas no fundo o mundo sempre se regeu por crises e periodos aureos ciclicos, cuja a razão foi sempre a mesma, má gestão dos homens e mulheres e dos respectivos recursos.
Se calhar somos aliens, vindos dum planeta com mil vezes a dimensão do nosso, e no nosso cerebro estão fossilizados conceitos de espaço que não entedemos, e por isso não conseguimos coabitar num espaço tão pequeno. Se calhar somos simplesmente estupidos, egoístas, individualistas, estupidos, estamos fartos de nós próprios.
Solução para a crise? Não há, mas eventualmente ela há de passar, e todas as pessoas vão ser felizes outra vez (como se não o fossem agora), e a nossa crise global há ir para o esquecimento (ou para os livros de história que só doidos como quem estuda história se irão lembrar, e eu incluo-me no grupo). Fim de história, e todos viveram felizes para sempre.

Enfim, isto é só um desabafo, de quem já não pode ouvir falar em economia, Maddie's, gripe e companhias, conspiraçoes e guerras. Ver o telejornal e ler um jornal tornou-se uma seca. Em vez de venderem jornais diários que tal venderem romances, seria muito mais divertido!? É que já toda a gente sabe que há crise, que a Maddie morreu, que a Julia Pinheiro não sabe falar como gente normal, a Manuela Moraguedes não gosta do Socrates, que o Socrates teima em não apanhar uma gripe também, e já agora a Manuela Ferreira Leite também, aproveitanto a cara de cadáver que ela naturalmente apresenta, que nem o Photoshop consegue disfarçar nos cartazes (o branco do fato contrasta com o cinzento da pele...), que a politica em Portugal vai mal e só para variar não estamos ao contrário do resto do mundo...é que está tanta coisa mal que é dificil enumerar os problemas gerais...

Onde estão as ideias novas para eu puder concordar com alguma coisa neste mundo?