Simplesmente, a minha favorita personagem d'Maias. O Carlos era um tolo...
É a p*ta da divagação que a minha cabeça ultimamente não dá para mais nada...
Fumando um pensativo cigarro, envolvida no cheiro doce e forte do incenso, com a reconfortante chávena de chá nas mãos, vêem pensamentos, alucinações á cabeça que, como uma força exterior, têm de saltar para o mundo real.Ainda que o mundo real não seja a 'net', ainda que eu não pense grande coisa de jeito, ainda que os 'chás' que vou levar não sejam reconfortantes, ainda que o tabaco e os fumos façam mal...Sei lá, escrever é giro e mandar 'fumarada' aí para o mundo também.
Digamos que falar do Graal nestes dias e não lembrar este belo quadro, bom corria o risco de me acontecer o mesmo que ao senhor de barbas do meio.
"Seremos nós mero pó?" Quando pensei nesta pergunta, levou-me a outra coisa que ouvi hoje na televisão (de vez em quando há uma alma caridosa que nos delecia com coisas decentes na tv, é a beleza de saber apreciar o raro). Parece-me que o sistema vigente em quase todo o mundo solucionou esta questão. Nós nem pó somos. Aliás somos algo muito menos palpavél do que o pó. Somos numeros. Simples e virtuais numeros. Isto é uma perda de...diremos humanismo, apesar de eu achar esta palavra muito forte para o caso. Mas a ideia é interessante. Basta vermos o nosso dia-a-dia: acordamos e dirigimos a vida por minutos, horas, dias e meses, anos, décadas, séculos...Acordamos de manhã para apanhar o comboio na linnha numero 3...Para apanharmos o autocarro numero qualquer coisa, e telefonamos para o numero de alguém antes de chegar á sala numero coiso e tal, escrevemos algumas 80 linhas, entregamos o trabalho e recebemos 10 valores, almoçamos 2 quarteirões ao lado da escola e comemos o menu numero 5, depois voltamos, vamos a tesouraria pagar a prestação da propina, e dizemos o nosso numero de escola em vez do nosso nome, que por sua vez tem um numero de B.I. associado, bem como o numero de contribuinte, de segurança social, de saúde, de eleitor, de telemovel, de código postal, de lote, de andar....Há uma infinidade de numeros que substituem o nosso nome e o nome das coisas, e o facto de sermos um individo, digamos que, individual, é muitas vezes esquecido. Têm essa duvida existêncial? Pois esta é uma maneira triste de a resolver. Temos a cabeça cheia de numeros, e pior, nos meus bolsos nunca andam muitos numeros...No meio dos numeros onde anda o EU? O meu, talvez ande por linhas de palavras, ou no meu nome que tenho tatuado. Não sou só um numero, mas sou tratada, aliás como todos, com mais um numeros para a conta....Conta do orçamento de Estado, estatísca nacional ou mundial, mais uma conta no meu próprio orçamento...Um numero. Mas só para não ser deprimente, nem todos o sabem, mais para além de todos este numeros há palavras, que exprimem e comprovam a minha existência, o meu nome, o que eu escrevo, o que sou, não é nem pode ser traduzido por um simples e racional numero. Eu não me esqueço não sou só mais um numero. Não gosto de numeros.
Numeros, e mais numeros, e mais numeros e mais... #£?$§%&!?