Hoje cheguei a casa e vi um documentário. Interessante, e tinha um tema bastante original: o Santo Graal. Cativou me uma ideia. A metáfora que essa taça representa, e que toda a história de religião e outras coisas mais por de trás disso é pura especulação...O Santo Graal, sendo ele a taça, o sangue real, ou outro objecto mitico qualquer, não passa de uma bela metáfora que exprime nada mais nada menos, que a procura de uma Verdade qualquer que irá solucionar ao Homem as suas mais porfundas dúvidas, e temos como maior exemplo a eterna dúvida existnecial "Como cá vim parar e qual é o meu objectivo no mundo? Seremos nós apenaas pó que se irá sumir com o tempo?" Nada mais natural que esta pergunta. Nada mais belo que tranforma-lo numa fantástica e intelegente história de romance e ensinamentos de valores. È um tema que podia ser largamente discutido. Um dia...
Digamos que falar do Graal nestes dias e não lembrar este belo quadro, bom corria o risco de me acontecer o mesmo que ao senhor de barbas do meio.
"Seremos nós mero pó?" Quando pensei nesta pergunta, levou-me a outra coisa que ouvi hoje na televisão (de vez em quando há uma alma caridosa que nos delecia com coisas decentes na tv, é a beleza de saber apreciar o raro). Parece-me que o sistema vigente em quase todo o mundo solucionou esta questão. Nós nem pó somos. Aliás somos algo muito menos palpavél do que o pó. Somos numeros. Simples e virtuais numeros. Isto é uma perda de...diremos humanismo, apesar de eu achar esta palavra muito forte para o caso. Mas a ideia é interessante. Basta vermos o nosso dia-a-dia: acordamos e dirigimos a vida por minutos, horas, dias e meses, anos, décadas, séculos...Acordamos de manhã para apanhar o comboio na linnha numero 3...Para apanharmos o autocarro numero qualquer coisa, e telefonamos para o numero de alguém antes de chegar á sala numero coiso e tal, escrevemos algumas 80 linhas, entregamos o trabalho e recebemos 10 valores, almoçamos 2 quarteirões ao lado da escola e comemos o menu numero 5, depois voltamos, vamos a tesouraria pagar a prestação da propina, e dizemos o nosso numero de escola em vez do nosso nome, que por sua vez tem um numero de B.I. associado, bem como o numero de contribuinte, de segurança social, de saúde, de eleitor, de telemovel, de código postal, de lote, de andar....Há uma infinidade de numeros que substituem o nosso nome e o nome das coisas, e o facto de sermos um individo, digamos que, individual, é muitas vezes esquecido. Têm essa duvida existêncial? Pois esta é uma maneira triste de a resolver. Temos a cabeça cheia de numeros, e pior, nos meus bolsos nunca andam muitos numeros...No meio dos numeros onde anda o EU? O meu, talvez ande por linhas de palavras, ou no meu nome que tenho tatuado. Não sou só um numero, mas sou tratada, aliás como todos, com mais um numeros para a conta....Conta do orçamento de Estado, estatísca nacional ou mundial, mais uma conta no meu próprio orçamento...Um numero. Mas só para não ser deprimente, nem todos o sabem, mais para além de todos este numeros há palavras, que exprimem e comprovam a minha existência, o meu nome, o que eu escrevo, o que sou, não é nem pode ser traduzido por um simples e racional numero. Eu não me esqueço não sou só mais um numero. Não gosto de numeros.
Numeros, e mais numeros, e mais numeros e mais... #£?$§%&!?
1 comentário:
eu se fosse um número seria qualquer coisa como um 0,000000000000000001(1)! Nem sequer seria um número inteiro.
Para combater os números temos nós as palavras! E as palavras ao contrário dos números tem alma!
Tamos salvos!
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