terça-feira, fevereiro 13, 2007

A propósito do Dia de São Valentim




Novo anuncio, hoje vende se tudo, até o amor.
Acham mesmo que o cupido é um santo que envia a seta do amor? Não, a seta é mais um simbolo económico, tipo: £, $, €, onde estão as flores colhidas no campo ou as prendas românticas tipo poemas? No cartão de crédito, é ridiculo o desespero das pessoas e o marshandasing á volta disto. É o dia do pai, da mãe, do avô, da avó, do namorado(a), do cão, do natal, da arvore, do coelho da pascoa, bom, uma prendinha para cada dia, e quanto mais cara mais representativa. Chegamos ao cumulo de vender o amor. Um quarto de 500 eur no ritz, uma prenda do mais cara que há e temos o mundo a nossos pés. Não que eu não goste de receber prendas, mas vejo coisas do diabo, as prendas estão lá, e o resto? Vamos a uma loja e compramos um namorado, andamos mais um pouco e o que poderemos comprar mais? Porque prendas até as podemos comprar, mas os sentimentos acho dificil, de que vale a prenda se nenhum sentimento está associado a ela? No final da relaçao enviamos as fotos rasgadas e todas as futeis prendas, não vá ele mandar a fatura.
Eu façu um apelo, não alimentem esta economia, neste dia tão especial ofereçam um pouco de vós ao vosso mais que tudo, roubem uma flor, escrevam um poema, toquem uma musica, vejam um pôr do sol juntos, tirem uma fotografia, desenhem um coração num guardanapo, sejam o mais pirosos possivel, porque o amor é mesmo assim "piroso e lamechas" (in musica de DaWeasel), because love is all got já dizia o vocalista de Sublime.

3 comentários:

José Borges disse...

ou como diria Alvaro de Campos: "Todas as cartas de amor são Ridículas", como o amor. Concordo contigo, mas...

Amanha é o dia dos encalhados!

Nuno Perestrelo disse...

dizes aí uma grande verdade. muitos de nós chegámos mesmo ao cúmulo de vendermos aquilo que nunca devia ser vendido: o amor. e a partir do momento que vendemos isso, o lado mais precioso do ser humano, é muito difícil não vendermos também tudo o resto. é triste. mas é verdade.

quanto às manifestações, eu gosto dos poemas. mais uma vez, a força da palavra. :)

José Borges disse...

Não sei se o amor, Nuno, é o "lado mais precioso do ser humano". Mas compreendo... hehe