quarta-feira, novembro 19, 2008

Pôr-do-sol


É daquele tom alaranjado, tórrido, quente, até mesmo no frio gélido do Inverno. É uma mistura de melancolia, cheia de cor, com tons de alegria, que nos desperta o olhar e uma mistura de sentimentos. Surge em todo lado, para os pretos e brancos e beges e amarelos e vermelhos, em todos os continentes, para todos os olhos. É importante para todas as crenças e religiões, é romântico em qualquer parte do mundo, inspirador para artistas e aspirantes, e mesmo que nem todos possamos ver as suas cores todos podemos sentir o seu calor. Surge em cenários de paz, guerra e mistos, nos subúrbios, nas barracas, nos condomínios, nas serras, no litoral, na aldeia, em Nova York e em Bagdad, em Lisboa e no Porto, e ninguém fica indiferente. Foi visto na pré-história, na proto-história, pelos romanos e pelos bárbaros, nas dark-ages, nos iluminados descobrimentos, durante as guerras e as chaminés que começavam a deitar fumo tapando a sua luz, e no 11 de Setembro também houve pôr-do-sol, e nos dias seguintes e nos outros…Muitos ignoraram o pôr-do-sol do dia de hoje, muitos outros o viram, mas é uma presença constante, ao longo dos tempos e espaços, e é das poucas coisas, que ainda podemos partilhar, todos, sem distinção, e que ninguém fica indiferente, um verdadeiro bem comum.
Ver a simplicidade do pôr-do-sol, e admira-lo, pela sua presença sempre constante e pacifica, e eventualmente aprender com ele, não dói. Apesar de se assemelhar com um Deus, penso que não vai atirar um raio destruir e punir as pessoas pelos seus pecados…Geralmente prefere aquecer almas…

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