Nirvana
Para além do universo luminoso,
Cheio de formas, de rumor, de lida,
De forças, de desejos e de vida,
Abre-se um vácuo tenebroso.
A onda desse mar tumuluoso
Vem ali expirar, esmeacida...
Numa imobilidade indefinida
Termina ali o ser, inerte, ocioso...
E quando o pensamento, assim absorto,
Emerge a custo desse mundo morto
E torna-se a olhar as coisas naturais,
Á bela luz da vida, ampla, infinita,
Só vê com tédio, em tudo quanto fita,
A ilusão e o vazio universais.
Antero Quental
Mais um um grande autor português, que teve todo o seu mérito.
E mais uma vez...á procura de algo...
1 comentário:
Eu não gosto de Antero, falta-lhe qualuqer coisa, um pózinho qualuqer que não faltou sem dúvida nenhuma a Garrett ou Bocage. Poesia de Quental é entediante.
Um poema menos mau!
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